O Bêabá da troca de gestão

Tudo que você precisa saber para ter uma troca de gestão eficiente na sua entidade!
Como a pensadora contemporânea Jojo Toddynho disse uma vez: “Guerreira, meu amor, é Xena. A gente é sobrecarregada”.

Para te ajudar nessa missão de sobrecarga que é o dia a dia das entidades acadêmicas, viemos te trazer esse resumão em forma de Ebook com os principais pontos que você precisa ficar atento durante o processo de troca de gestão.

Afinal, ninguém quer já começar errando no processo mais crucial do ano não é, mesmo?

Vem com a gente!

O Bêabá da troca de gestão

Vira o ano ou passam os principais jogos, o que você mais deve ouvir como membro é a tal da troca de gestão.

Quando você menos vê, só se fala disso pelos grupos, corredores e redes sociais. O negócio chega a ser pior do que a discussão na casa mais vigiada do Brasil em época de paredão. Apesar do burburinho, será que você realmente sabe o que é a troca de gestão?

Vamos listar agora algumas informações que vão deixar tudo mais claro.

O que é a troca de gestão?

A troca de gestão é o processo de mudança do responsável pela a administração da entidade em data já estipulada anteriormente ou emergencial por motivos diversos.

Normalmente essa mudança nas entidades universitárias se dá aos principais cargos que regem a organização: presidência, vice-presidência, tesoureiro, diretores/gerentes.

A troca pode ocorrer através de voto secreto, voto aberto, inscrição única (caso não tenha concorrentes) ou indicação.

Qual o período que ocorre essa troca de gestão?

No Brasil a fora esse período pode variar.

Tem regiões que por cultura preferem convocar eleições no final do ano para que a nova gestão assuma no começo do ano, tem outras regiões que trocam após o principal jogo que a entidade compete (como CIA, TUSCA, INTER), tem outras que veem necessidade de trocar a cada semestre e já outras de dois em dois anos.


Como saber qual o período ideal para a troca de gestão?

Sem dúvida através de uma análise do calendário letivo e o calendário de projetos da entidade ao longo do ano.

Isso porque há muitos fatores que podem interferir na gestão, por exemplo, o número de vezes que turmas de calouros entram, o período que esses calouros entram, os períodos de férias da sua universidade, os jogos que participam, as festas que produzem, entre outros.


Analisando o caso de entidades do centro-oeste principalmente de Goiás, por exemplo, há uma cultura da troca de atléticas acadêmicas da Universidade Federal ocorrer após o principal campeonato esportivo (O maior Inter) por entenderem que é o fim de um ciclo. É o maior projeto que a gestão tem durante o ano então na visão deles, faz sentido ser a “última dança”.

Já em casos de centros acadêmicos, diretórios acadêmicos, ligas acadêmicas, diretório central estudantil e outras instituições do ramo veem mais sentido trocar todo começo de ano junto com o período letivo por conta dos novos alunos e a euforia de participar de novos projetos.

Em resumo, cabe você analisar o cenário de sua entidade e ver o que mais favorece a realidade de vocês. Se for o caso de uma tradição de anos que não faz mais sentido, também é permitido sugerir mudar. Não precisa estar preso ao passado.

Troca de gestão tem regra?

Em tese, como em todo processo, necessita-se de regras para um bom funcionamento.

Mas aqui novamente precisa entender a realidade de sua entidade.

Em casos de atléticas acadêmicas, por exemplo, é interessante estipular regras de participação mais por conta do conhecimento de cada um:

  • Tempo de casa necessário dentro da atlética para concorrer;
  • Cargo necessário para concorrer;
  • Número de jogos que já participou;
  • Se já fez parte da organização de todos os tipos de evento da entidade (calourada, festa X/Y/Z, campeonatos, ações sociais, etc).
Em casos de centros acadêmicos, diretórios acadêmicos, diretório central acadêmico, ligas acadêmicas, os requisitos podem ser diferentes como:

  • Se já participou de movimentos políticos;
  • Se já participou de movimentos sociais;
  • Se tem disponibilidade;
  • Se tem conhecimento breve sobre tal assunto;
  • Entre outros.

Quem pode votar?

Aqui mais uma vez a resposta depende de sua realidade.

Depende se sua entidade já não tem normas estabelecidas de votação no estatuto vigente, depende se acham prudente um trainee/estagiário que acabou de entrar votar mesmo não tendo noção da realidade da atlética, depende se vão levar em consideração avisos e/ou advertências tomadas, entre outros fatores.

Como funciona uma troca de gestão?

Uma troca de gestão deve se basear na transparência.

Nesse sentido, é importante que todo o processo de troca de gestão todos os envolvidos tenham acesso as informações básicas e não tenham grupos privilegiados.

Assim sendo é importante, que com antecedência, marquem uma data em que a maioria dos membros possa estar presente para a eleição. O correto é que o quórum (número de pessoas presentes) seja maior do que o número de 50% dos membros atuais ativos na entidade + 1. Ou seja, se atualmente vocês possuem 20 membros, o ideal seria que pelo menos 11 membros estejam no momento da troca de gestão para ser considerada válida.

Após data marcada, é crucial mandar uma convocação por escrito no canal principal de comunicação de sua entidade para que todos tenham ciência da eleição.

Além disso, é fundamental deixar claro quais são as regras para concorrer aos cargos abertos e quem pode votar para evitar frustrações futuras.

Já no dia marcado para a eleição é recomendado usar a tecnologia a seu favor. Ao invés de usar o velho e conhecido papel ou a votação aberta, você pode criar um formulário do google com o nomes dos candidatos para cada cargo e recolher os emails na hora do preenchimento do formulário, limitando um voto por pessoa.

Lembrando que antes de abrir a votação, relembre as regras e dê um tempo estimado para o discurso de cada candidato. Sem o discurso, muitas vezes o pessoal não sabe em quem votar por conta de não saber as intenções do candidato por falta de proximidade.

Assim como a necessidade do quórum para a reunião de eleição acontecer, é válido também para o cargo eleito. Caso um candidato não receba 50% + 1 dos votos, cabe refazer a votação e até mesmo abrir novamente para inscrições de candidatos.

Se ainda assim não atingir o mínimo, podem deixar o cargo em vacância e marcar uma nova data para eleições. Enquanto o cargo não for ocupado ou o antigo responsável pode assumir ou alguém que foi eleito para outros cargos naquele momento assumir também esse segundo cargo momentaneamente.


Fui eleito e agora?

O ideal é que haja um processo de cogestão para que você não se sinta desamparado no processo. Porém esse é assunto para outro material.

Fique atento que logo mais estará disponível👀

Gabriela Rapp
Gabriela Rapp

Marketing de Conteúdo


Escritora